Antepassados acreditavam que a fisiologia feminina era inadequada para a prática desportiva. As mudanças socioculturais ocorridas após a Segunda Guerra Mundial potencializaram o papel da mulher na sociedade. No caso específico do desporto, permitiram-lhes, por exemplo, a participação em atividades desportivas. Na atualidade, milhões de mulheres envolvem-se em atividades desportivas, um pouco por todo o mundo. Artigo assinado por Raquel Costa.
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Focando na principal atividade física que nos propomos falar neste espaço – a corrida -, verifica-se que a participação feminina nesta modalidade tem aumentado exponencialmente. Com este aumento, o enfoque na saúde da mulher corredora, principalmente ao nível da investigação, tem ganho maior destaque.
No mundo científico é reconhecido os benefícios que a corrida pode proporcionar ao sexo feminino, podendo ser nomeados alguns deles:
– controlo e manutenção do peso corporal;
– melhorias no sistema cardiovascular;
– prevenção de determinados tipos de doença (ex: obesidade, diabetes, colesterol, cancro, osteoporose entre outros);
– redução do stress
– aumento da autoestima e qualidade de vida
Contudo, a prática desportiva sem orientação especializada, com grande volume de treinos e com tempo insuficiente de descanso e recuperação, proporcionaram um aumento do número de lesões e de problemas de saúde entre as corredoras. Estas incongruências na prática da corrida poderão ocasionar problemas de saúde, quer nos homens, como nas mulheres. Porém, o sexo feminino possui determinadas caraterísticas biológicas que as tornam mais suscetíveis a lesões e problemas fisiológicos.
O grande objetivo dos artigos das próximas semanas, envolvidos na grande temática “Saúde da Mulher Corredora”, será apresentar, informar e explorar os problemas mais comuns que afetam este grupo. Esta série começa na próxima quinta-feira, com «Tríade da mulher atleta – o caso específico das corredoras. Etiologia e Sintomatologia»